A figura do pai nas páginas da literatura infantil!
O dia dos pais está chegando! E hoje vamos mostrar três livros infantis que mostram a relação de pais com filhos. Nem sempre a figura dos pais estão presentes nas histórias infantis. Mas sabemos que é muito importante incentivar a presença da figura paterna dentro da vivência das crianças.
Então, para curtir o dia dos pais lendo bons livros, aqui vão nossas dicas:
O primeiro é o premiado livro “O homem que amava caixas”, de Stephen Michael King, tradução Gilda de Aquino, editora Brinque-Book. Esta é a história de um pai que amava seu filho mas tinha muita dificuldade em expressar seus sentimentos. Então, para demonstrar seu afeto, o pai decide construir brinquedos com suas preciosas caixas, fazendo a alegria diariamente do filho. E assim, mesmo sem palavras, pai e filho trocam amor e carinho através das caixas de brinquedo. Assim, o filho, que também amava muito seu pai, compreende seu amor e sente segurança nessa relação. Este livro é lindo! Uma história profunda com um texto simples que crianças bem novinhas, a partir de 03 anos, já conseguem compreender.
O outro livro é o “Mas papai…” de Mathieu Lavoie, ilustrado por Marianne Duboc, Editora Jujuba. Nesta história o papai tenta colocar seus dois filhos macaquinhos para dormir. Quem tem filho sabe que esta nem sempre é uma tarefa fácil, e que na hora de dormir, as crianças criam histórias mirabolantes para continuarem acordados. E o papai Macaco passa a noite inteira falando “Boa noite, macaquinhos…” E em cada página os filhos inventam uma desculpa diferente: “Mas papai, temos que colocar os pijamas”, “Mas papai, temos que beber água…”. Haja criatividade para enrolar o papai a noite inteira!
Este livro pode ser bem divertido para os pais lerem com seus filhos. Afinal, toda semelhança pode não ser mera coincidência… Alguém já ouviu dizer de crianças que não querem dormir de jeito nenhum? E que os pais passam noites inteiras acordadas inventando histórias para o boi dormir, ou para “macaquinhos dormir”?
Por último, o livro “Papai e eu, às vezes”, de María Wernicke, tradução Carla Caruso, Editora Callis. Esta história é narrada em primeira pessoa, na voz de uma criança que fala como é a presença do seu pai de acordo com seu ponto de vista. A figura do pai lhe parece incerta em alguns momentos, incompreensível em outros, mas de alguma forma está sempre presente, até mesmo em sua ausência.
Neste livro a ilustração auxilia na compreensão do universo plural de estar perto e longe ao mesmo tempo. Em cada página, do lado direito a ilustração usa tons de cinza e branco, enquanto do lado esquerdo há traços como se fossem as garatujas da criança desenhando em contexto com o pai. As páginas do livro são como uma tentativa de aproximação do universo da produção gráfica da criança, combinando harmoniosamente o traço do nanquim com os tons de cinza e preto e da tipografia.
O livro é sensível, bonito, e mostra a questão da presença e da ausência da figura do pai e da segurança que um filho tem perto ou longe de seu pai.
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