Andanças
Eu quero morrer e nascer e desistir e renovar-me novamente. Quero a secura do tempo, os pés rachados e a boca que sangra e torna-se maravilhosamente molhada quando lhe passa a chuva. Eu quero a incerteza dos dias e a inconstância das sensações, antes de tornar-me algum frio pedaço de pedra ou concreto. Eu quero o sal do mar grudando na pele e o alívio doce das correntes do rio. Eu quero revirar as entranhas e respirar profundamente como se fosse a primeira vez. O movimento é a única verdade que, inteiramente, nos cerca.
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