Criação
- Isabella de Andrade
- 28 de jun. de 2015
- 1 min de leitura
Encontrar-se com a própria verdade faz parte do processo de criação, assim como a criação, é parte inquestionável do processo de experimentar-se verdadeiramente. Não haveria amor se eu não pudesse ter a sensação, ainda que instável, de poder traduzir em palavras aquilo que acredito ser meu. Tua chegada foi a mudança da minha poesia, como se antes dela, fosse ainda, e apenas isso, uma criança meio perdida a correr aos tropeços pelo quintal. Eu sempre imaginei tuas chegadas, todas elas, como se não pudessem terminar, como se houvesse em todas elas alguma permanência. A sensação pode ser efêmera, ma te juro, o amor é feito de alguma espécie irreverssível de permanência. Lembraremos dela, e assim, como impulso inesgotável daquilo que chamamos de experimentar-te a ti mesmo, criaremos nossa própria ideia daquilo que nos foi o amor, deve existir nela algum pedaço, ou quase inteiro, de veracidade.
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