Três livros para ler e se sentir bem
Hoje eu queria falar de algo muito bom, livros que nos fazem sentir bem! É ótimo ter leituras que nos despertem reflexão, pensamento crítico e questionamentos. Mas é uma delícia terminar de ler um livro com a aquela sensação boa de que podemos nos transformar para viver de um jeito ainda melhor, certo? Gostaria de compartilhar com vocês três livros que me despertaram essa sensação, cada um por questões diferentes. São eles: Anne de Green Grables, Livre e De amor tenho vivido. Os três são bem diferentes entre si e todos trazem boas narrativas e uma escrita deliciosa de ler.
Anne de Green Grables, de L.M. Montgomery
Eu já falei desse livro antes, sou apaixonada por ele e pela série. Além da descrição de cenários incríveis, com flores, campos verdes e passarinhos, tempos a presença de Anne, uma menina extremamente criativa. Anne é adotada por dois irmãos e se muda para a fazenda de Green Grables, um lugar lindo onde todos nós gostaríamos de morar ou passar uma temporada. Apesar de ter uma infância difícil, cheia de trabalhos em lugares ruins e convivendo com pessoas agressivas, Anne aprende a transformar o próprio cotidiano através da imaginação.
Além disso, a menina tem um olhar muito doce e atento para o cotidiano, lembrando o quanto é importante enxergar a beleza das coisas que nos cercam. Para mim, essa é uma das mensagens principais do livro, além do conforto em casa, a parceria de uma boa amizade e a delícia de um espaço rodeado por natureza. Enfim, eu terminei de ler com vontade de sorrir e observar cada detalhe ao meu redor com muita atenção e carinho.
Sobre o livro: Livre, de Cheryl Strayed
Bem diferente do anterior, Livre mostra a jornada de uma mulher adulta em busca de um recomeço e um reencontro com a sua própria essência. Depois de perder a mãe, ter visto sua família se afastar e o casamento desmoronar ela largou tudo em busca de uma nova jornada. A autora decidiu caminhar sozinha por 1.170 quilômetros em uma trilha pela costa dos Estados Unidos. Ela não tinha experiência em longas caminhadas. Seu relato, que virou livro, mostra bem a agonia física e mental que ela passou ao longo do caminho.
É uma história de sobrevivência e de recomeço. Durante a travessia, ela se reconciliou com o próprio passado. Com os caminhos trilhados durante a vida, com as experiências e relações construídas. Enfim, eu terminei a leitura com uma sensação muito forte de recomeço. De vontade de transformação e de que toda caminhada é cheia de momentos difíceis e dias incríveis.
De amor tenho vivido, de Hilda Hilst
Escolhi um livro de poemas porque ler poesia já me coloca em um estado de tranquilidade e reflexão. Em poucas palavras é possível entender muito de si, repensar caminhos, lembrar pessoas. Nessa coletânea, Hilda fala do amor em suas mais diversas possibilidades. Ela fala da entrega ao amado, o desejo ardente, a expectativa pelo encontro, o medo da despedida.
É possível entender o quanto cada fase é importante e o quanto podemos vivenciar e aprender com cada uma delas. Escolhi esse livro, enfim, por entender que não é clichê falar de amor. O assunto é importantíssimo. Além disso, a leitura nos faz bem. Permite que o leitor se reconcilie com suas próprias questões e dúvidas sobre o sentimento.
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