Buscar
Abre o peito
- Isabella de Andrade
- 4 de set. de 2015
- 1 min de leitura
Pois desfaz a cara das mentiras sóbrias e coloca na boca algum sorriso embriagado, ainda que perdido no tempo. Livra os olhos de quem lhe entorta os sentidos e enrosca-se imediatamente em quem lhe entrega alguma doce calma, que agora flutua entre os dentes, antes rangendo por alguma amarga ilusão. Abre o peito ao acaso, às palavras quase ditas e às pequenas certezas de um único instante, ainda que lhe pareçam, a princípio, frágeis ou rasas em sensação. O instante é a quase memória intacta que nos permanece.
Comentários