ELAS NA ESCRITA

Viver é, a princípio, esquecimento. O desejo lhe saiu pelos olhos, lhe escorreu pela boca e se esparramou pela pele, assim, feito espuma...

Poucos passos me separavam da paralisia completa e do doce sabor da travessia. Olhava em frente procurando enxergar ao longe. Os olhos...

Clarissa era o reflexo de um tempo de aprender no pranto. O peito doído, solidão apertada, vontade desenfreada de se fazer escutar....

Era só mais um tantinho de nada, pensativo e perdido em um instante qualquer. É isso o pensamento sem crença, sem sonho, um tantinho de...

Aquela gente toda sentada no deck como se não houvesse nunca a hora de partir. A água não se agitava, era calma, ilesa, quase...

O Chico chegou de mansinho, pegando bem naquela última pontinha de crença que a gente guarda. Eu me lembro de permanecer ali, peito...

No desfiladeiro das canções mortas escorregavam pelo penhasco todos os instantes em que, famintos de vontades, não pudemos nos pertencer...

Dedos dançantes e os sonhos em mãos. Contar, ler, fazer, falar, escrever, interpretar, assistir, adaptar, lembrar, imaginar e criar...

Três Marias. Todas elas assim, distraidamente enfileiradas. ‘É para combinar com as que ficam no céu?’. Sim! É para sentir-se como...

Um dos mares de Brasília – Pôr-do-sol no Parque da cidade (foto: Isabella de Andrade) Sobe ao barco para esquecer o tempo, a criação...

O barulho do ventilador, o tic tac insistente do relógio e algumas folhas de papel já antigas. Rabiscadas. O primeiro diário foi...

No início o pulso, o agora, o tempo que não se incomoda em sair do concreto. E então o impulso, os dias, as horas, enlaçaria os dedos...