Compartilhamento demonstrativo e auto-afirmativo
(25.07)
E se pudéssemos escolher o tempo das coisas e as coisas no tempo? E se nos fosse possível escolher a hora de cada sensação e a sensação que nos desperta a cada hora? E se nos fosse permitido escolher o amor, o tédio, a vivência, o instante do pensar? E se nos fosse permitido escolher, em cada centímetro, como seria o próprio existir? Estamos fadados a postura dos corpos, às vozes do outro e ao olhos de quem, por um instante pensou, e esteve certo, de que poderia nos sentenciar? E se nos fosse possível desdizer todas as palavras? Tomaríamos, incansáveis, todas de volta, a todo tempo. Estaríamos sentenciados ao instante de antes. Só nos restaria o suor e o suspiro transpirado do próprio silêncio. A palavra é extrema demais.
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