Existir
Não. Não nos renderemos mais aos dessabores do desencontro e tão logo, Não mais nos permitiremos sequer algo encontrar. Não nos perderemos mais entre o gosto da saliva Ou entre o tremor firme do corpos Mesmo que não nos sobre mais crença Em tentar. Não nos fartaremos mais entre o sabor incrédulo Da incerteza ou da falta de solução. Não nos deixaremos mais a cargo do barulho apressado das horas De espera pelo encurtamento das distâncias Ou dos minutos prolongados de quem não quer voltar. Não nos permitiremos mais. E enquanto tanto não nos houver, Não nos será permitido viver. Até que deixemos retornar algum sim, Nos será permitido apenas Existir.
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