top of page

O que fica

  • Foto do escritor: Isabella de Andrade
    Isabella de Andrade
  • 2 de dez. de 2014
  • 1 min de leitura

Abrimos os olhos com uma certeza envolvente de que todas as coisas verdadeiras permanecem. Os mesmos olhos, marejados, rapidamente se fecham com a percepção assustada de que permanecem as boas coisas, apenas até que decidam se modificar.

Optamos por manter tais olhos bem secos e fechados, enquanto nos agarramos a alguma última certeza que tenha sobrado enroscada, fortemente, na palma das mãos. Deixamos que ela se solte, enquanto colocamos para dentro todo o ar que for possível inspirar.


Percebemos as mãos vazias, abrimos novamente os olhos, úmidos, convictos. Caminhamos então com mais calma, sem o peso apressado das verdades únicas e permanências intactas. O que fica das mudanças, fluidas ou arrastadas, é a possibilidade de mudar.

Posts recentes

Ver tudo
Próprio céu

Quanto da gente cabe em uma porção de linhas tortas e outras tantas palavras ao léu? Tem pele que, num segundo, abriga mais que a...

 
 
 
Rabisco

Aqueles dias chegaram ensolarados, com uma carta, que me parecia De aceitação. Eu me lembro de retirar o lacre Cuidadosamente Pois me...

 
 
 

Comments


bottom of page