Quinta, reencontrei Quintana
- Isabella de Andrade
- 19 de nov. de 2015
- 1 min de leitura
“Que bom morrer de amor e continuar vivendo”. Repasso as páginas de Quintana e algumas tantas de Drummond, Andrade, Buarque, Veríssimo, Amado e, outa vez, Quintana. Que bom morrer de amor e continuar vivendo. O quintal explode do lado de fora e antes que tudo nos pareça imbecil, impróprio, impotente e inacreditavelmente inumano, nos agarraremos outra vez a algumas tantas páginas que pareçam se derramar de amor. É o que nos resta. Rasgaremos os papeis, quebraremos os antigos vidros decorados com alguns pedaços coloridos de sonhos. Deixaremos que nos levem, por um tempo, todas as perguntas e suposições, tomaremos alguma bebida forte e nos abriremos ao espaço do nada. Soprará, em algum instante, um grande e estufado canto cheio de ar e permitiremos que nos faça ser o próprio vazio. Com os pés um pouco menos metidos na terra, fecharemos os olhos, o que será que tem lá em cima? Folhearemos outras páginas, que bom morrer de amor e continuar vivendo.
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