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Tarsilla do Amaral e as mulheres no MASP – Descobrindo São Paulo

Foto do escritor: Isabella de AndradeIsabella de Andrade

Atualizado: 5 de fev. de 2021

Uma provocação proposta pelo coletivo feminista Guerrila Girls em 2017 deu início a um importante debate sobre a participação – ou ausência – das mulheres no Museu de Arte de São Paulo (MASP), um dos mais importantes do país. Os números do museu refletem uma realidade pouco atraente para as artistas, que sofrem com diferença de gênero na presença artística em diferentes cidades e países. Trazendo a questão à tona e pensando em resoluções práticas, em 2019 o Museu decidiu enaltecer o protagonismo feminino em seus espaços. Para a minha sorte, este é o ano em que eu, finalmente, conheço o MASP.

Na exposição: Tarsilla Popular


O grupo levantou a provocação: “As mulheres precisam estar nuas para entrar no Museu de Arte de São Paulo?”.  O questionamento foi feito depois que o grupo levantou que penas 6% das obras do acervo eram produzidas por artistas mulheres, enquanto 60% dos trabalhos da instituição continham nus femininos.


Agora, em 2019, a curadoria do MASP decidiu mudar estes números, preenchendo os trabalhos do ano com o tema: “Histórias das mulheres, histórias feministas”. Vale lembrar que o museu incentiva a participação do público com entrada gratuita toda teça-feira.


Tarsila Popular e mulheres no MASP


A ideia é dar voz ao trabalho de artistas que foram ignoradas ao longo dos séculos. Entre os nomes que devem circular pelas galerias do museu, estão: Djanira da Motta e Silva, Tarsila do Amaral, Lina Bo Bardi, Gego, Leonor Antunes e Anna Bella Geiger. Logo depois, ganha espaço a mostra coletiva “Histórias das mulheres, histórias feministas”, com importantes nomes do Brasil e do exterior.


Enfim, conheci o museu com o 1º andar todo ocupado por Tarsila do Amaral. A curadoria focou nos personagens e narrativas criados pela artista, enfatizando questões sociais e políticas propostas por Tarsilla. É possível perceber a intensa relação com o Brasil e com a busca de uma identidade brasileira em seus trabalhos. A exposição tem foco no popular, explorado nas criações da artista ao longo de toda a sua carreira.


Diferentes olhares

“Sou profundamente brasileira e vou estudar o gosto e a arte dos nossos caipiras. Espero, no interior, aprender com os que ainda não foram corrompidos pelas academias”. Tarsilla do Amaral.

Enquanto isso, a mostra Lina Bo Bardi: Habitat, ocupa o 1º subsolo do MASP. Ela explora diferentes eixos do trabalho da arquiteta. Entre os  temas da exposição estão os principais projetos da carreira de Lina. Além disso, momentos importantes de sua trajetória pessoal.

Vale lembrar que, entre agosto e novembro, o museu recebe a exposição: Histórias das Mulheres, Histórias Feministas. Por fim, a mostra reúne diferentes estilos e gêneros, do século 16 ao final do século 19. A ideia é trabalhar com um vasto repertório de obras produzidas por mulheres. Por fim, ampliar a participação delas em um dos museus mais importantes do país.

 

Serviço

Exposição: Tarsilla Popular e Lina Bo Bardi: Habitat

Data: até 28 de julho

Local: MASP (Avenida Paulista, 1578, São Paulo)

Entrada: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia-entrada), Gratuito (toda terça-feira)

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