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Transitamos

  • Foto do escritor: Isabella de Andrade
    Isabella de Andrade
  • 14 de ago. de 2015
  • 1 min de leitura

Deve ser o amor alguma espécie de transição e permanência infinita.

Transitamos enquanto gente, enquanto sopro, enquanto suspiro.

Modifica-se o passo, o espaço, o desejo, o mistério.

Vão-se as dúvidas, os receios, os tropeços.

Voltam as vontades, novas e velhas, enquanto transitam dentro daquilo que acreditamos ser.

Acreditamos. Ainda que por um instante, somos.

E assim, permanecemos.

Colocamo-nos no outro enquanto parte, enquanto saliva, enquanto amplitude dos olhos.

Moramos, quase como perfeito inteiro, dentro daquilo que carrega o outro em algum

pequeno ou extenso,

pedaço.

Modificamos o próprio inteiro enquanto reconstruímos cada intensa parte.

Preenchemo-nos entre o vazio e a criação e ainda assim,

permanecemos.

Deve ser alguma espécie de transição e permanência infinita,

toda e qualquer intensa, fluida e inesgotável sensação

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