Paulliny Gualberto Tort, Escrita e Natureza
Paulliny Gualberto Tort escreveu contos com o cheiro indescritível do Cerrado. Tenho lido os textos de seu novo projeto, Amanaçu, acompanhadas pelo suor seco que deixa de escorrer da testa quando me meto em uma trilha em Goiás.
Dá para ouvir o barulho da cachoeira, a vegetação aberta, uma árvore torta. Piso entre as palavras escutando as folhas secas mostrando o rumo no chão. Delícia de ler, mais ainda de visualizar. Cada imagem aparece pronta, sem pedir passagem. Um feito garantido pela prosa experiente de Paulliny.
A escritora e jornalista é minha conterrânea. Nós nos conhecemos, nos encontramos e nos entrevistamos algumas vezes em Brasília, que carrega no peito e na secura essa paixão que a gente leva pelo Cerrado.
Escrita com gosto de cerrado
Eu soube mais ainda do amor que tenho por esse solo cerratense depois que fui morar longe e bate uma saudade de cansar o corpo até a cachoeira. É esse amor que encontro na escrita de Paulliny.
Em cada fruta, cada expressão própria, cada paisagem escondida. É esse amor que encontro em Amanaçu.
O novo projeto literário da autora teve início no dia 7 de agosto e conta com 13 contos lançados totalmente online, em diferentes plataformas.
É possível se cadastrar para receber os contos por email e ter acesso ainda a alguns pós-textos, onde a escritora fala mais de perto de alguns desdobramentos importantes da narrativa.
As histórias podem ser lidas também no Medium, no Wattpad e até mesmo no Spotify, em formato de audiocontos.
As narrativas lançadas de forma online dialogam muito com o nosso tempo e mostram o quanto podemos recorrer a novas plataformas e caminhos diferentes para experimentar a escrita.
As publicações serão feitas toda sexta-feira até o dia 30 de outubro e a escrita cheia de significado de Paulliny vale muito à pena o seu tempo de leitura.
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